A compra de imóveis na Espanha atrai muitos investidores e compradores graças ao clima favorável, à alta qualidade de vida e à variedade de ofertas. No entanto, juntamente com as vantagens, surgem obrigações fiscais que devem ser consideradas na aquisição e na posse do imóvel. Neste artigo, analisaremos em quais regiões da Espanha os impostos sobre imóveis são mais elevados e como é possível minimizar a carga tributária.
Impostos na compra de imóveis na Espanha
No mercado primário
A compra de imóveis no mercado primário inclui vários impostos chave:
- Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) — 10% do valor cadastral da habitação e 21% para propriedades comerciais ou terrenos. Nas Ilhas Canárias, em vez de IVA, aplica-se o imposto IGIC (Impuesto General Indirecto Canario) à taxa de 4,5%.
- Imposto de selo (AJD) — varia de 0,5% a 1,5% do preço de compra, dependendo da região.
No mercado secundário
Ao comprar um imóvel no mercado secundário, o comprador paga o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITP - Impuesto de Transmisiones Patrimoniales). A alíquota do imposto depende da comunidade autônoma e pode variar de 6% a 11%.
- Catalunha — 10%
- Madri — 6%
- Astúrias — 8-10%
Impostos na venda de imóveis
Imposto sobre ganhos de capital (CGT)
Ao vender um imóvel, a diferença entre o preço de compra e o preço de venda é tributada com o imposto sobre ganhos de capital (CGT - Capital Gains Tax) com alíquotas progressivas:
- até 6 000 € — 19%
- de 6 001 até 50 000 € — 21%
- acima de 50 001 € — 23%
Os não residentes na Espanha pagam uma alíquota fixa de 19% sobre o ganho de capital (para residentes da UE, Islândia e Noruega) ou 24% (para os demais não residentes).
Imposto sobre o aumento do valor do terreno
Este imposto é calculado com base no aumento do valor do terreno e pode atingir 30% do aumento. O valor do imposto é determinado pelo município e depende de diversos fatores, como a localização e o tempo de posse.
Impostos sobre a posse de imóveis
Imposto anual sobre imóveis (IBI)
O IBI (Impuesto Sobre Bienes Inmuebles) é o principal imposto sobre imóveis, que todos os proprietários pagam. As alíquotas variam de 0,4% a 1,1% do valor cadastral, dependendo do município.
Imposto sobre o aluguel de imóveis (IRNR)
Os não residentes que alugam imóveis são obrigados a pagar o imposto IRNR (Impuesto sobre la Renta de no Residentes) com uma alíquota de 19% (para residentes da UE, Islândia e Noruega) ou 24% (para os demais não residentes) sobre o lucro obtido após a dedução das despesas. Se o imóvel não for alugado, o imposto é calculado em 1,1% do valor cadastral.
Imposto sobre o luxo (Impuesto sobre el Patrimonio)
Este imposto é aplicado aos proprietários de imóveis com valor superior a 700 000 €. As alíquotas variam de 0,2% a 3,75% dependendo da região. Em algumas comunidades autônomas, como Valência, o limite para o pagamento do imposto é reduzido para 500 000 €.
Custos adicionais
- Despesas de condomínio — variam de acordo com a região e as características do imóvel.
- Coleta de lixo — valor fixo ou variável, dependendo do município.
- Seguro do imóvel — obrigatório em caso de hipoteca.
- Despesas notariais e de registro — cerca de 1% do valor do imóvel.
Multas por evasão fiscal
A não quitação dos impostos na Espanha acarreta multas de até 100% do valor não recebido, juros de até 20% e possível confisco de bens. Também pode haver recusa na renovação do visto de residência.
Dicas para otimização fiscal
- Escolha regiões com alíquotas baixas, por exemplo, Madri ou Saragoça.
- Registre o imóvel em nome de vários membros da família para reduzir a base tributária.
- Declare seus rendimentos em dia e aproveite as deduções fiscais.
Resumo
Os impostos sobre imóveis na Espanha variam de acordo com a região e o tipo de transação. É importante estudar atentamente a legislação tributária e recorrer a consultores profissionais para minimizar a carga tributária. A escolha correta da região e um planejamento adequado podem ajudar a reduzir significativamente os custos na compra e na posse de um imóvel na Espanha.